
Um dos maiores campeões da história deixa o campeonato
A temporada 2025 da Gran Turismo World Series (GTWS) terá uma ausência marcante. O espanhol Coque López, tetracampeão mundial, anunciou que não competirá neste ano, encerrando uma das trajetórias mais bem-sucedidas do cenário competitivo de Gran Turismo.
Presente em todas as sete finais da Nations Cup e em quase todas as edições da Manufacturers Cup, López conquistou dois títulos em cada campeonato — marca só igualada por Takuma Miyazono. Ele também é o único a conquistar títulos em quatro temporadas consecutivas, vencendo a Manufacturers Cup por Toyota e Lexus em 2021 e 2024, e a Nations Cup como piloto solo em 2022 e representando a Espanha em 2023.
Motivos revelados: carga, tempo e falta de retorno
López tornou público seu afastamento por meio de uma publicação nas redes sociais. Ele citou, principalmente, a intensa carga de compromissos, a dificuldade de conciliar com a vida profissional e a ausência de retorno financeiro como fatores decisivos.
“O formato atual torna extremamente difícil continuar se dedicando plenamente a este esporte.”
— Coque López
O piloto também comentou que, apesar das experiências enriquecedoras e da visibilidade adquirida, o sonho de viver como piloto profissional não se sustentou:
“Mesmo após anos competindo no topo, não foi possível construir um futuro sustentável como piloto profissional.”
— Coque López
Um formato exigente e sem premiações
A GTWS 2025 seguirá com um formato bastante exigente. Cada campeonato terá uma fase classificatória de 17 dias, com seis corridas no total, das quais apenas cinco contarão pontos. Para a Nations Cup, apenas quatro vagas serão disponibilizadas para a região EMEA (Europa, Oriente Médio e África), mesmo sendo a mais representada.
A rotina é desafiadora. Com metade das etapas ocorrendo em dias úteis e dois dos três horários disponíveis coincidindo com o horário comercial, os jogadores precisam estar totalmente disponíveis — e isso, segundo Coque, inviabiliza a continuidade profissional no cenário.

A crítica à ausência de premiação financeira
A declaração de López também trouxe à tona um ponto polêmico: a falta de prêmios em dinheiro na GTWS. Apesar dos troféus, medalhas, brindes valiosos como relógios e volantes, e das viagens com tudo pago, não há qualquer premiação monetária para os competidores.
Outros campeonatos de eSports demonstram contraste brutal. A liga ESL R1 (Rennsport) distribui US$ 500 mil por temporada, enquanto o evento Gamers8 Riyadh 2023 entregou US$ 1 milhão em prêmios. O alemão Maximilian Benecke, por exemplo, faturou US$ 100 mil em um único fim de semana.
Além disso, pilotos da GTWS não podem exibir patrocínios ou logotipos de equipes durante as corridas, o que limita ainda mais o potencial de profissionalização.
Novo caminho para Coque López
Apesar de se afastar da GTWS, Coque seguirá ativo no sim racing. Atualmente, ele ocupa a 3ª posição na Racing Unleashed Racer League Pro, disputada no Assetto Corsa, e também assumiu a função de manager da equipe TC Esports, ligada ao goleiro Thibaut Courtois, do Real Madrid.
A equipe fará sua estreia no campeonato R1 da Rennsport, e López continuará sua carreira em novos palcos competitivos. Ainda assim, sua ausência será sentida na comunidade GTWS, especialmente nos eventos presenciais de 2025.
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