
Na quarta-feira, 19 de março de 2025, os pilotos da 2ª Exibição da Manufacturer’s Cup – GTWS 2025 enfrentaram mais um desafio técnico. Após os drifts na Tokyo Expressway, a competição voltou a uma pista tradicional de corrida: Autopolis, no Japão. O combo exigia domínio de pneus Duros e Médios, além de leitura precisa de ritmo e estratégia.
E mais uma vez, um piloto da equipe QSD se destacou. O norte-americano Michael Grove, do canal Grove Street Racing, conquistou a vitória com uma performance sólida, mostrando que mesmo sem tempo livre e com três empregos, ainda é possível vencer no mais alto nível do Gran Turismo 7.
Confira abaixo a entrevista exclusiva que ele concedeu à Super GT Brasil.
Entrevista com Mike Grove
Apesar dos desafios
Danillo Cocenzo: Durante a qualificação, você liderou a classificação na maior parte do tempo, perdendo a pole position e terminando em P2 nos momentos finais. Onde você acha que poderia ter ganhado mais tempo?
“Minha volta na qualificação foi, na verdade, a mais rápida que já fiz, então fiquei muito feliz com ela. Trabalho sete dias por semana, em três empregos diferentes, tudo isso enquanto transmito Gran Turismo 7 todos os dias; então nem sempre tenho tempo extra para me preparar. Não me preparei antes daquela corrida. Acho que a maior parte do tempo que poderia ter ganhado teria sido no último setor.”
Seguindo o líder
Danillo Cocenzo: Você começou e se viu em P2 até a volta 6, quando passou o líder devido a um erro dele. Que conselho você pode dar sobre manter um bom ritmo ao dirigir muito perto de outro carro?
“Com a câmera de para-choque especialmente, pode ser difícil seguir de perto outro carro. Toda a sua visibilidade é bloqueada e você dirige principalmente por instinto. Às vezes eu diminuo o ritmo para criar uma lacuna maior, o que me dá espaço para acelerar e completar a ultrapassagem. Ficar preso muito perto de alguém dificulta a ultrapassagem. Também ajuda se você conhece o comportamento e as habilidades do piloto à frente. Quando estou seguindo alguém que é muito rápido, geralmente fico mais relaxado, porque sei que posso confiar que ele dirigirá suavemente.”
Com o plano certo
Danillo Cocenzo: Você fez seu pit stop na volta 8 e isso provou ser uma boa opção, deixando você com pouco tráfego para lidar com os pneus mais rápidos. Como você concluiu que esta era a volta certa para fazer um pit stop?
“Eu sabia antes da corrida que a volta 8 era a volta ideal para entrar no pit e trocar os pneus, se começar com o composto mais duro. Em qualquer volta antes, as voltas finais seriam muito lentas e, qualquer volta depois da volta 8, seria perda de tempo para parar. Quando vi que o carro atrás fez o pit uma volta antes, duvidei da minha estratégia, pensando que talvez eu devesse ter feito o undercut, para evitar perder a posição na pista. Quando sai do pit liderando com folga, eu sabia que meu oponente tinha tido problemas com tráfego intenso. Isso lhe custou a oportunidade de lutar comigo no final.”
Contra o relógio
Danillo Cocenzo: Nas últimas 5 voltas, com uma boa diferença para P2, era só você, a pista e o relógio. Como você consegue manter o foco e o ritmo certo?
“Às vezes pode ser difícil manter o foco porque sempre tem um público me assistindo nas minhas transmissões ao vivo no YouTube. Autopolis também pode ser um circuito complicado, mas acho que a chave para manter o foco é estar confiante. Mesmo se eu cometer um erro, não me permito lamentar e dar desculpas. Eu sempre luto até o fim e acredito em mim mesmo. Ninguém é perfeito.”
Perto do fim (e um pouco da corrida seguinte)
Danillo Cocenzo: Você está em 3º lugar pela Ferrari, competindo com grandes pilotos como o argentino Mateo Estevez e o peruano Rodrigo Regalado. O que você espera da última corrida em Nurburgring, o fim do campeonato?
“Nurburgring é meu circuito favorito desde que aprendi o percurso no Gran Turismo 5, em 2010. O desafio de Nurburgring é diferente de qualquer outro circuito em que corremos no Gran Turismo. Sempre que temos uma corrida programada lá, quero escolher um carro que seja capaz de lutar pela vitória.
A Ferrari 458 Gr.3 é meu carro favorito no Gran Turismo desde que ultrapassei Igor Fraga na Dragon Trail, em uma Daily Race no Gran Turismo Sport. Lutei muito com ele e terminei na frente, criando meu clipe favorito. Ele é meu piloto de corrida favorito na vida real. Esse momento aconteceu no meu aniversário, durante uma transmissão ao vivo em 5 de janeiro de 2022.
Desde aquela batalha épica, sou um com a Ferrari e sempre gosto de dirigi-la. Sou conhecido por esse carro, mas talvez escolha um carro diferente para a temporada oficial, com mais velocidade máxima.
Mateo e Rodrigo são meus amigos próximos. Sei que no meu melhor dia posso lutar com eles, e na corrida em Nurburgring, consegui ultrapassar Mateo na volta 4, antes da Flugplatz. Depois ultrapassei Trent Jefferey, que me empurrou para a grama algumas curvas depois. Ambos são pilotos de classificação SS, que estiveram em finais mundiais.
Eles são sempre mais rápidos do que eu na qualificação, mas o ritmo de corrida sempre foi meu ponto forte. Sou bom em completar corridas e me manter seguro quando as condições são difíceis. Desperdicei uma grande chance de ganhar 421 pontos. Eu estava liderando, então cometi um erro de estratégia, pegando os pneus errados quando a pista ainda estava muito molhada. Foi uma ótima temporada de exibição para mim, e saber o quão perto cheguei da vitória em Nurburgring me dá esperança de que posso fazer ainda melhor em nossos próximos grandes eventos.”
Mike Grove: um grande streamer para acompanhar
Michael Grove, conhecido pelo canal Grove Street Racing, é uma das vozes da comunidade GT que merece destaque. Suas transmissões trazem não só entretenimento, mas também aprendizado para quem acompanha o cenário competitivo.
🚗 Acesse: Super GT Brasil
🎮 Siga-nos nas redes sociais: YouTube, Instagram, Facebook
📲 Entre em nossa comunidade: WhatsApp
Deixe um comentário abaixo e nos diga o que achou! 🏁